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sábado, 3 de outubro de 2009

Povos Indígenas do Brasil

História dos Índios


Em 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil, estima-se que havia por aqui cerca de 6 milhões de índios.

Passados os tempos de matança, escravismo e catequização forçada. Nos anos 50, segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, a população indígena brasileira estava entre 68.000 e 100.000 habitantes. Atualmente há cerca de 280.000 índios no Brasil. Contando os que vivem em centros urbanos, ultrapassam os 300.000. No total, quase 12% do território nacional, pertence aos índios.

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia em torno de 1.300 línguas indígenas. Atualmente existem apenas 170. O pior é que cerca de 35% dos 210 povos com culturas diferentes têm menos de 200 pessoas.

Será o fim dos índios?

Apesar do "Dia do Índio", que é comemorado no dia 19 de Abril, não tem nada para se comemorar. Algumas tribos indígenas foram quase executadas por inteiro na década de 70 em diante, enquanto estavam fora de seu habitat, quase chegaram a extinção, foram ameaçados por epidemias, diarréia e estradas. Mas hoje, o que parecia impossível está acontecendo: o número de índios no Brasil e na Amazônia está aumentando cada vez mais. A taxa de crescimento da população indígena é de 3,5% ao ano, superando a média nacional, que é de 1,3%. Em melhores condições de vida, alguns índios recuperaram a sua auto-estima, reintroduziram os antigos rituais e aprenderam novas técnicas, como pescar com anzol. Muitos já voltaram para a mata fechada, com uma grande quantidade de crianças indígenas.

"O fenômeno é semelhante ao baby boom do pós-guerra, em que as populações, depois da matança geral, tendem a recuperar as perdas reproduzindo-se mais rapidamente", diz a antropóloga Marta Azevedo, responsável por uma pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos em População da Universidade de Campinas.

Com terras garantidas e população crescente, pode parecer que a situação dos índios se encontra agora sob controle. Mas não! O maior desafio da atualidade é manter viva sua riqueza cultural.

Organização e sobrevivência do grupo

Os índios brasileiros sobrevivem utilizando os recursos naturais oferecidos pelo meio ambiente com a ajuda de processos rudimentares. Eles caçam, plantam, pescam, coletam e produzem os instrumentos necessários a estas atividades. A terra pertence a todos os membros do grupo e cada um tira dela seu próprio sustento.

Existe uma divisão de tarefa por idade e por sexo: em geral cabe a mulher o cuidado com a casa, das crianças e das roças; o homem é responsável pela defesa, pela caça (que pode ser individual ou coletiva), e pela colheita de alimentos na floresta.

Os mais velhos - homens e mulheres - adquirem grande respeito da parte de todos. A experiência conseguida pelos anos de vida transforma-os em símbolos de tradições da tribo.

O pajé é uma espécie de curandeiro e conselheiro espiritual.

Garimpeiros invadem as terras indígenas

Entre os povos ameaçados estão os Ianomâmis, que foram os últimos a ter contato com a civilização. Sua população atual chega a pouco mais de 8.000 pessoas. O encontro com garimpeiros, que invadem suas terras, trazem doenças, violência e alcoolismo. Entre os índios, os garimpeiros são conhecidos por outro nome: os "comedores de terras". Calcula-se que 300.000 garimpeiros entraram ilegalmente em terras indígenas na Amazônia. Mas o problema não é insolúvel. Na aldeia Nazaré, onde moram 78 Ianomâmis, foram expulsos pela Polícia Federal.

Permanece a questão de como ficará o índio num mundo globalizado, mas pelo menos já se sabe o que é preciso preservar.

O chefe da tribo

Os índios vivem em aldeias e, muitas vezes, são comandados por chefes, que são chamados de cacique, tuxánas ou morubixabas. A transmissão da chefia pode ser hereditária (de pai para filho) ou não. Os chefes devem conduzir a aldeia nas mudanças, na guerra, devem manter a tradição, determinar as atividades diárias e responsabilizar-se pelo contato com outras aldeias ou com os civilizados. Muitas vezes ele é assessorado por um conselho de homens que o auxiliam em suas decisões.

Alimento - pesca

Além de um conhecimento profundo da vida e dos hábitos dos animais, os índios possuem técnicas que variam de povo para povo. Na pesca, é comum o uso de substâncias vegetais (tingui e timbó, entre outras) que intoxicam e atordoam os peixes, tornando-os presas mais fáceis. Há também armadilhas para pesca, como o pari dos teneteharas - um cesto fundo com uma abertura pela qual o peixe entra atrás da isca, mas não consegue sair. A maioria dos índios no Brasil pratica agricultura.

Arte

A arte se mistura a vida cotidiana. A pintura corporal, por exemplo, é um meio de distinguir os grupos em que uma sociedade indígena se divide, como pode ser utilizada como enfeite. A tinta vermelha é extraída do urucum e a azul, quase negro, do jenipapo. Para a cor branca, os índios utilizam o calcário. Os trabalhos feitos com penas e plumas de pássaros constituem a arte plumária indígena.

Alguns índios realizam trabalhos em madeira. A pintura e o desenho indígena estão sempre ligados à cerâmica e à cestaria. Os cestos são comuns em todas as tribos, variando a forma e o tipo de palha de que são feitos. Geralmente, os índios associam a música instrumental ao canto e à dança.



Tribos



1.Aimoré - Grupo não-tupi, também chamado de Botocudo, vivia do sul da Bahia ao norte do Espírito Santo. Grande corredores e guerreiros temíveis, foram os responsáveis pelo fracasso das capitanias de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo. Só foram vencidos no início do século 20. Eram apenas 30 mil.

2.Avá-Canoeiro - Povo de língua da família Tupi-Guarani que vivia entre os rios Formoso e Javarés, em Goiás. Em 1973, um grupo foi contatado. Foram pegos "a laço" por uma equipe chefiada por Apoena Meireles, e transferidos para o Parque Indígena do Araguaia (Ilha do Bananal) e colocados ao lado de seus maiores inimigos históricos, os Javaé . Parte da área indígena Avá-Canoeiro, identificada em 1994 com 38.000 ha, nos municípios de Minaçu e Cavalcante em Goiás, está sendo alagada pela hidrelétrica Serra da Mesa, no rio Maranhão.

3.Baniwa - Os Baniwa vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em aldeias localizadas às margens do Rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate, além de comunidades no Alto Rio Negro/Guainía e nos centros urbanos de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM). Já os Kuripako, que falam um dialeto da língua baniwa, vivem na Colômbia e no Alto Içana (Brasil). Ambas etnias aparentadas são exímias na confecção de cestaria de arumã, cuja arte milenar lhes foi ensinada pelos heróis criadores e que hoje vem sendo comercializada com o mercado brasileiro. Recentemente, têm ainda se destacado pela participação ativa no movimento indígena da região. Esta corresponde a um complexo cultural de 22 etnias indígenas diferentes, mas articuladas em uma rede de trocas e em grande medida identificadas no que diz respeito à organização social, cultura material e visão de mundo. 

4.Bororos - Povo de língua do tronco macro-jê. Atualmente são os Bororo Orientais, também chamados Coroados ou Porrudos e autodenominados Boe. Os Bororo Ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde os jesuítas espanhóis fundaram missões. Muito amigáveis, serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados dos bandeirantes. Desapareceram como povo tanto pelas moléstias contraídas quanto pelos casamentos com não-índios. Os Bororo Orientais habitavam tradicionalmente vasto território que ia da Bolívia, a oeste, ao rio Araguaia, a leste e do rio das Mortes, ao norte, ao rio Taquari, ao sul. Ao contrário dos Bororo Ocidentais, eram citados nos relatórios dos presidentes da província de Cuiabá como nômades bravios e indomáveis, que dificultavam a colonização. Foram organizadas várias expedições de extermínio. Estimados na época em 10 mil índios, os Bororo sofreram várias guerras e epidemias até sua pacificação, no fim do século XIX, quando foram reunidos nas colônias militares de Teresa Cristina e Isabel e estimados pelas autoridades em 5 mil pessoas. Entregues aos salesianos para catequese, em 1910, os Bororo somavam 2 mil índios. Em 1990, com uma população de aproximadamente 930 pessoas, vivem no estado do Mato Grosso.

5.Caeté - Os deglutidores do bispo Sardinha viviam numa população de 75 mil índios desde a ilha de Itamaracá até as margens do rio São Francisco. Depois de comerem o bispo, foram considerados "inimigos da civilização". Em 1562, Men de Sá determinou que fossem "escravizados todos, sem exceção".

6.Caiapó - Povo de língua da família Jê. Distribuem-se por 14 grupos, num vasto território que se estende do Pará ao Mato Grosso, na região do rio Xingu. Os grupos são: Gorotire, Xikrin do Cateté, Xikrin do Bacajá, A'Ukre, Kararaô, Kikretum, Metuktire (Txucarramãe), Kokraimoro, Kubenkrankén e Mekragnoti. Há indicações de pelo menos três outros grupos ainda sem contato com a sociedade nacional. Esses grupos são o resultado de várias cisões, que se iniciaram em fins do século XVIII.. Em 1990, segundo a Funai, eram 3.550 índios. Explorando a riqueza existente nos 3,3 milhões de hectares de sua reserva no sul do Pará - especialmente o mogno e o ouro -, os Caiapós viraram os índios mais ricos do Brasil. Movimentam cerca de U$15 milhões por ano, derrubando, em média, 20 árvores de mogno por dia e extraindo 6 mil litros anuais de óleo de castanha. Quem iniciou a expansão capitalista dos Caiapós foi o controvertido cacique Tutu Pompo (morto em 1994). Para isso destitui o lendário Raoni e enfrentou a oposição de outro Caiapó, Paulinho Paiakan. Ganhador do Prêmio Global 500 da ONU, espécie de Oscar ecológico, admirado pelo príncipe Charles e por Jimmy Carter, Paiakan foi acusado do estupro de uma jovem estudante branca, em junho de 1992. A absolvição, em novembro de 94, não parece tê-lo livrado do peso da suspeita.

7.Carijó - O território dessa tribo se estendia de Cananéia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS). Vistos como "o melhor gentio da costa", foram receptivos à catequese. Isso não impediu sua escravização em massa. Em 1554, participaram do ataque a São Paulo. Eram cerca de 100 mil índios.

8.Deni- Compreendem mais de 600 tribos indígenas que habitam uma planície entre os Rios Purus e Juruá, localizados no Amazonas. Considerados como Tribo Arawa, os Deni são parte do braço linguístico Aruak. A primeira menção aos Deni aparece no relatório SPI de 1942. São divididos em grupos ou clãs. Cada clã tem certa autonomia política, possuindo sua própria auto-identidade: Bukure Deni, Kuniva Deni, Minu Deni, Varasa Deni, Hava Deni, Madija Deni. Devido ao baixo potencial agrícola do solo da floresta, os Deni equilibram sua dieta com a flora e a fauna selvagens. Os Deni são nômades e sua população das aldeias oscila bastante, as aldeias são apenas uma agregação de grupos familiares e de famílias. Eles não possuem uma unidade inerente como comunidade. O Ciclo da Borracha, que se estendeu do fim do século XIX até 1940, foi a principal causa da rápida ocupação ocidental dos vales dos Rios Purus e Juruá e dos consequentes e trágicos desaparecimentos, diretamente ou pela introdução de doenças, de muitas Tribos Indígenas do Amazonas. Durante o boom da borracha, estima-se que a população indígena da região do Rio Purus era de aproximadamente 40 mil indivíduos.

9.Fulniô - Os Fulniô são o único grupo do Nordeste que conseguiu manter viva e ativa sua própria língua - o Ia-tê - assim como um ritual a que chamam Ouricuri, que atualmente realizam no maior sigilo. Na parte central das terras da reserva indígena se encontra assentada a cidade de Águas Belas rodeada totalmente pelo território Fulniô. São mais de 2.900 índios que vivem em Pernambuco.

10.Goitacá - Ocupavam a foz do Rio Paraíba. Tidos como os índios mais selvagens e cruéis do Brasil, encheram os portugueses de terror. Grandes canibais e intrépidos pescadores de tubarão. Eram cerca de 12 mil.

11.Guarani - Povo de língua da família Tupi-Guarani. Na época da chegada dos europeus, viviam nas regiões entre os rios Uruguai, Iguaçu e Paraná, a leste do rio Paraná (atualmente sul de Mato Grosso do Sul; oeste de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul; Paraguai; norte da Argentina e Uruguai). Nos séculos XVII e XVIII, grande parte desses territórios era de domínio espanhol onde foram instaladas missões de jesuítas ligadas a província espanhola da Companhia de Jesus. Os jesuítas estudaram e documentaram fartamente a língua Guarani desde 1625. Nessas missões, de economia marcadamente coletivista, os Guarani atingiram alto grau de desenvolvimento e domínio de técnicas européias, mas tornaram-se presas fáceis para os bandeirantes paulistas e, posteriormente, fazendeiros paraguaios. Após a destruição das missões, os índios que não foram capturados fugiram para as matas e juntaram-se a grupos que haviam permanecido independentes. Dirigiram-se também para o Paraguai, onde o Guarani Paraguaio é falado hoje por cerca de 3 milhões de pessoas; para a Bolívia, onde o Guarani Boliviano (ou Chiriguano) é falado por cerca de 50 mil pessoas; e para o norte da Argentina. Dos índios capturados, alguns foram levados como escravos pelos bandeirantes e outros foram empregados, como mão-de-obra escrava ou quase, pelos fazendeiros que iniciaram a ocupação destas terras com a extração de erva-mate.
12.Juruna - Povo indígena cuja língua é a única representante viva da família Juruna, do tronco Tupi. Autodenominam-se Yudjá; o nome Juruna significa, em Tupi-Guarani, “bocas pretas”, porque a tatuagem características desses índios era uma linha que descia da raiz dos cabelos e circundava a boca. Na metade do século XIX tinham uma população estimada em 2.000 índios, que viviam no baixo rio Xingu. Um grupo migrou mais para o alto do rio, hoje em território compreendido pelo Parque do Xingu, no Mato Grosso. Segundo levantamento de médicos da Escola Paulista de Medicina, que prestam serviços de saúde aos índios do parque, em 1990 eram 132 pessoas. Alguns Juruna vivem dispersos na margem direita do médio e baixo rio Xingu, e há um grupo de 22 índios, segundo dados da Funai de 1990, que vive na Volta Grande do rio Xingu, numa pequena área indígena chamada Paquiçaba, no município de Senador José Porfírio, no sudeste do Pará. Suas terras serão atingidas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A título de esclarecimento, o famoso “Cacique Juruna” não é um índio Juruna, e sim Xavante.

13.Kaingang - Povo de língua da família Jê. Também conhecidos como Coroados, vivem em 26 pequenas áreas indígenas no interior dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São aproximadamente 7.000 índios. Dos Kaingang de São Paulo, que até o início do século se mostravam hostis aos trabalhos da estrada de ferro São Paulo - Corumbá, hoje sobrevivem 100 nos postos Icatu ( Penápolis) e Vanuíre (Tupã). Os Kaingang meridionais, habitam as reservas de diversos postos indígenas no Paraná, nos postos Barão de Antonina (Arapongas), Queimadas (Reserva), Ivaí (Pitanga), Fioravante Esperança (Palmas), Rio das Cobras e Boa Vista (Iguaçu), Apucarana (Londrina), Mangueirinha (Mangueirinha), José Maria de Paula (Guarapuava); em Santa Catarina, no posto Xapecó (Chapecó); no Rio Grande do Sul, nos postos Cacique Doble, Ligeiro, Nonoai e Guarita, em toldos ou terras de administração estadual, todos nos municípios do extremo noroeste do Estado. Outra divisões dos Kaingang é formada pelos índios Xokléng, de Santa Catarina.

14.Kamayurá - Tribo de cerca de duzentas pessoas, vivem na região dos formadores do rio Xingu, Mato Grosso. Esta população indígena, da família lingüística tupi-guarani, vinda talvez das costas litorâneas do Maranhão, emigrou, muito provavelmente a partir do século XVII, para instalar-se progressivamente nesta região seguindo outros grupos indígenas fugindo do contato com os portugueses (1870). Apesar da diversidade de origens e de línguas, essas tribos constituem-se hoje numa área cultural definida: as tribos da área do uluri ou as chamadas tribos xingüanas, que ocupam a parte sul do Parque Indígena do Xingu. Ao norte vivem outras tribos, com algumas das quais os Kamayurá mantiveram contatos esporádicos, muitas vezes conflituosos, no decorrer de sua migração.

15.Karajá - Povo de língua do tronco Macro-Jê. Se dividem nos subgrupos Javaé, que vive na margem do rio Javaé, na área Indígena Boto Velho; Xambioá, que vive nas margens do rio Araguaia, no estremo norte de Tocantins, e Karajá que vivem em 18 aldeias ao longo do Araguaia, principalmente em frente a ilha do Bananal, no Parque indígena do Araguaia, no Tocantins. Vivem também no Mato Grosso, na área Indígena Tapirapé-Karajá, nos municípios de Santa Terezinha e Luciara, e no Pará, na área Indígena Karajá Santana do Araguaia. Em 1990, segundo a Funai, eram aproximadamente 2.100 índios. Os Karajá fabricam e comercializam bonecas de cerâmica muito apreciadas por turistas da região.

16.Pankaru - Sua trajetória foi pontuada por uma sucessão de conflitos fundiários com grileiros e posseiros, que ainda não foram totalmente resolvidos. Além de um histórico de opressão e marginalização pela sociedade não-indígena, os Pankaru têm em comum com os demais grupos indígenas chamados "emergentes" o ritual secreto do "Toré", marca de identidade e resistência cultural. Os pouco mais de 80 índios desta tribo estão localizados no Oeste do Estado da Bahia, à esquerda do Rio São Francisco. Falam a língua portuguesa.

17.Pataxó - Povo de língua da família Maxacali, do tronco Macro-Jê. Abandonou sua língua original e expressa-se apenas em português. Vive no sul da Bahia, em Barra Velha, Coroa Vermelha e Monte Pascoal, em zona economicamente valorizada (cacau e turismo), nos municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália e nas áreas indígenas Mata Medonha e Imbiriba. Em 1990, eram aproximadamente 1.600 índios. A tribo ficou tragicamente conhecida após o assassinato do índio Galdino, em 1997. Ele durmia em uma parada de ônibus em Brasília quando garotos de classe média colocaram fogo, confundindo-o com um mendigo.

18.Potiguar - Habitavam a costa desde São Luís até as margens do Paraíba, e das margens do Rio Acaraú, no Ceará, até a cidade de João Pessoa, na Paraíba, num número de 90 mil índios. Eram exímios canoeiros e inimigos dos portugueses.

19.Sateré-Mawé - Inventores da cultura do guaraná, os Sateré-Mawé domesticaram a trepadeira silvestre e criaram o processo de beneficiamento da planta, possibilitando que hoje o guaraná seja conhecido e consumido no mundo inteiro. Vivem no Amazonas e Pará, somando mais de 7mil índios. A língua é da família Mawé.

20.Suyá - Os índios Suyá vivem na Parte setentrional do Parque Nacional do Xingu, no Norte de Mato Grosso, com uma população de 140 pessoas. Falam uma língua que pertence ao ramo setentrional da família lingüística Jê, e partilham muitos traços da organização social e cultural com os outros membros dessa família lingüística. São mais intimamente relacionados aos Apinayé, aos Kayapó setentrionais, e aos Timbira. Os Suyá são menos relacionados em termos de língua e cultura aos Jé centrais (incluindo os Xavante e os Xerente) e os Jê meridionais (incluindo os Kaingang e os Xokleng). Além dos produtos de suas roças, os Suyá vivem da caça, da pesca e da coleta. Como conseqüência do contato com as frentes de expansão, a população Suyá talvez seja apenas 2O% do que foi outrora (1980). Isso se deve a massacres, a envenenamento e às repetidas epidemias que devastaram os dois ramos do grupo até sua pacificação em 1959 e 1969, respectivamente. A perda populacional levou a uma consolidação de todos os Suyá numa única aldeia. Na última década, porém, sua população tem crescido rapidamente; desenvolveram um sentimento de identidade étnica cada vez nais forte.

21.Tremembé - Grupo não-tupi, que vivia do sul do Maranhão ao norte do Ceará, entre os dois territórios potiguares. Grande nadadores e mergulhadores, foram, alternadamente, inimigos e aliados dos portugueses. Eram cerca de 20 mil índios.

22.Tabajara - Viviam entre a foz do Rio Paraíba e a ilha de Itamaracá estimados em 40 mil índios.Aliaram-se aos portugueses.

23.Temiminó - Ocupavam a ilha do Governador, na baía de Guanabara, e o sul do Espírito Santo. Inimigos dos tamoios, aliaram-se aos portugueses. Sob liderança de Araribóia, foram decisivos na conquista do Rio. Eram 8 mil na ilha e 10 mil no Espírito Santo.

24.Tamoio - Os verdadeiros senhores da baía de Guanabara, aliados dos franceses e liderados pelos caciques Cunhambebe e Aimberê, lutaram até o último homem. Eram 70 mil índios.

25.Tupinambá - Constituíam o povo tupi por excelência. As demais tribos tupis eram, de certa forma, suas descendentes, embora o que de fato as unisse fosse a teia de uma inimizade crônica. Os tupinambás somavam 100 mil índios e ocupavam da margem direita do rio São Francisco até o recôncavo Baiano.

26.Tupiniquim - Povo de língua da família Tupi-Guarani. No século XVI, os Tupiniquim habitavam a costa do Brasil, desde a baía de Camamu, na Bahia, até o Espírito Santo ou, segundo alguns autores, até o Rio de Janeiro. Foram os índios vistos por Cabral. Eram 85 mil. No Início da Colonização, aliaram-se aos portugueses na luta contra os franceses. Fizeram também guerra aos Tupinambá, seus inimigos tradicionais. No século XIX os remanescentes viviam no Espírito Santo, afastados do litoral e, no século XX, chegaram a ser considerados extintos. Na década de 1970, um grupo teve sua identidade reconhecida pela Funai. A maioria de seus integrantes já não fala a língua original, expressando-se em português. Vivem em três pequenas áreas indígenas no Espírito Santo.Em 1990, segundo a Funai, eram aproximadamente 900 indivíduos.

27.Urubu-Kaapor - A quase totalidade dos índios Kaapor vivem em território maranhense, numa área de cerca de 530 hectares, delimitada pela FUNAI. As aldeias Kaapor constituem-se prioritariamente com base em laços de família. Vivem dos produtos da caça, de peixes e pássaros, mas, essencialmente, da farinha de mandioca e dos seus derivados.

28.Wai-wai - Ou Waiwai, Uaiai. Povo de língua da família Karíb. Vivem na área indígena Nhamundá-Mapuera, na fronteira do Pará com o Amazonas, e Waiwai, em Roraima. A população é constituída por uma mistura de várias tribos atraídas e assimiladas por eles ao longo dos anos, entre as quais as dos Karafawyana, dos Kaxuyana e dos Hixkariana. Em 1990, segundo a Funai, somavam cerca de 1.250 índios.

29.Waiãpi - Ou Uaiampi, Wayampí. Povo de língua da família Tupi-Guarani. Vivem em grande extensão de florestas, na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. Sua população total é de aproximadamente 800 indivíduos, nos dois países. No Brasil, distribuem-se por 11 aldeias e acampamentos fixos, na Área Indígena Wayampí, na região do rio Amapari, nos municípios de Macapá e Mazagão, ambos no Amapá. Em 1990, segundo a Funai, eram 335 índios. O primeiro contato dos Wayampí com a Funai ocorreu em 1973, quando da construção da Rodovia Perimetral Norte, que atravessa toda a área indígena. Desde então, suas terras são invadidas por garimpeiros e por pequenas mineradoras. Apesar do contato forçado, os Wayampi mantiveram sua cultura tradicional. Ao chefe de cada grupo cabe a escolha do lugar para fundar a aldeia e a responsabilidade pela manutenção da harmonia entre os membros do grupo, que é formado por várias famílias. A vida cerimonial, intensa, apresenta grandes ciclos de rituais, como a festa do milho no inverno, a festa do mel e as danças dos peixes

30.Waimiri Atroari - São uma etnia do tronco lingüístico Karib, cujo território imemorial de ocupação se localiza ao sul de Roraima e norte do Amazonas. Eram mais conhecidos como Crichanás, quando segmentos expansionistas travaram seus primeiros contatos com eles, sobretudo a partir do Século XIX. Nos primórdios desses contatos, há duas estimativas sobre a população: uma que os dava como sendo seis mil pessoas; e a outra, em torno de duas mil. Suas terras eram pródigas em produtos de grande importância comercial para a época, atraindo assim a cobiça de colonizadores. A demografia dos Waimiri Atroari, que, em 1987, era de 374 pessoas, chegou a crescer registrando em 1999 830 índios.

31.Xavantes - Povo de língua da família Jê. Autodenominam-se Akwe ou Akwen. Contatados na década
de 1940, eram índios guerreiros que resistiram à ocupação de seu território, no Mato Grosso, pelos colonizadores. Em 1989 o grupo contava cerca de 6.000 pessoas, distribuidos em sete áreas indígenas entre os rios das Mortes e Batovi, a leste de Mato Grosso. Há estimativas de que a população Xavante tenha se reduzido à metade desde o primeiro contato oficial com os brancos, em 1946, devido a doenças. São predominantemente caçadores e coletores. Valorizam os rituais de morte e são divididos em dois blocos. Cada membro da tribo recebe um sinal de que é de uma metade ou da outra, e estes dois grupos não podem se casar entre si. No sul do Brasil, os jês são representados pelos Kaingangues e pelos Xokleng, que apresentam praticamente as mesmas características, apenas adaptadas ao ambiente. (Fonte: antropólogo José Otávio Catafesto, da UFRGS)

32.Xokleng - Os índios Xokleng da TI Ibirama em Santa Catarina, são os sobreviventes de um processo brutal de colonização do sul do Brasil iniciado em meados do século passado, que quase os exterminou em sua totalidade. Apesar do extermínio de alguns subgrupos Xokleng no Estado, e do confinamento dos sobreviventes em área determinada, em 1914, o que garantiu a "paz" para os colonos e a conseqüente expansão e progresso do vale do rio Itajaí, os Xokleng continuaram lutando para sobreviver a esta invasão, mesmo após a extinção quase total dos recursos naturais de sua terra, agravada pela construção da Barragem Norte. Da família linguística Jê, hoje vivem pouco mais de 750 índios.

33.Yanomani - Povo constituído por diversos grupos cujas línguas pertencem a mesma família, não classificada em troncos. Abrange as línguas Yanomami, falada na maior extensão territorial, Yanomam ou Yanomani, Sanumá e Ninam ou Yanam, as quatro com vários dialetos. Vivem no oeste de Roraima, no norte do Amazonas e na Venezuela, num total de 20 mil índios. Referidos desde o século XVIII, constituem o povo mais numeroso da América que mantém seu patrimônio cultural pré-colombiano preservado. Praticam caça, pesca, coleta e, em menor grau, agricultura. Distribuem-se, no Brasil, em 150 aldeias, formadas por uma ou mais malocas. Cada maloca, ou xabono, abriga de 30 a 150 moradores e algumas chegam a 300. O território dos Yanomami começou a ser invadido no final da década de 1950. Em 1970 a Rodovia Perimetral Norte cortou todo o território e, depois do anúncio em 1975 da existência de ouro e outros metais na região, afluíram milhares de garimpeiros. Os garimpeiros, estimados em 45 mil até 1987, levaram malária, pneumonia e outras doenças, prejudicaram a caça e a pesca, e causaram a fome e muitas mortes. Em 1978 foi criada a Comissão pela Criação do Parque Yanomami com uma campanha pela demarcação das terras desses índios e expulsão dos garimpeiros. No final da década de 1980, as forças armadas decidem implantar e consolidar o projeto Calha Norte, para a proteção de uma extensa faixa ao longo da fronteira amazônica brasileira. Para tal é proposto, entre outras medidas, a construção de quartéis e o incentivo da mineração e garimpagem demarcando o território Yanomami num conjunto de 19 pequenas ilhas não contínuas, inseridas numa reserva florestal destinada a exploração econômica. Esta demarcação foi questionada pela Procuradoria Geral da República, seguindo-se então uma enfática campanha internacional denunciando o espoliamento do território. Em 1992, às vésperas da Conferência Mundial de Meio Ambiente realizada no Rio de Janeiro, o então presidente, Fernando Collor, pressionado pela opinião pública mundial, finalmente corrigiu as distorções da demarcação proposta pelos militares e assinou o decreto de demarcação do território Yanomami contínuo. Como a região é de fato rica em minerais, permanecem atuantes as pressões de grandes empresas mineradoras.

  • Lugares:O grupo não-tupi Aimoré vivia do sul da Bahia ao norte do Espírito Santo;O povo de língua da família Tupi-Guarani Avá-canoeiro vivia entre os rios Formoso e Javarés, em Goiás;Os Baniwa vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em aldeias localizadas às margens do Rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate, além de comunidades no Alto Rio Negro/Guainía e nos centros urbanos de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM);Os Kuripako, que falam um dialeto da língua baniwa, vivem na Colômbia e no Alto Içana (Brasil);Os Bororos Ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio Paraguai;Os Caeté viviam desde a ilha de Itamaracá até as margens do rio São Francisco;Os Caiapó distribuem-se por 14 grupos, num vasto território que se estende do Pará ao Mato Grosso, na região do rio Xingu;Os Carijós moravam em um território que se estendia de Cananéia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS);Os Deni habitam uma planície entre os Rios Purus e Juruá, localizados no Amazonas;Os Fulniô são um grupo de Pernambuco;Os Goitacá ocupavam a foz do Rio Paraíba;Os Guarani, na época da chegada dos europeus, viviam nas regiões entre os rios Uruguai, Iguaçu e Paraná, a leste do rio Paraná (atualmente sul de Mato Grosso do Sul, oeste de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraguai; norte da Argentina e Uruguai);Os Jurunas viviam no baixo rio Xingu mais tarde,um grupo migrou mais para o alto do rio, hoje em território compreendido pelo Parque do Xingu, no Mato Grosso;Os Kaingang vivem em 26 pequenas áreas indígenas no interior dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;Os Kamayurá vivem na região dos formadores do rio Xingu, Mato Grosso;Os Karajá se dividem nos subgrupos Javaé, que vive na margem do rio Javaé, na área Indígena Boto Velho, Xambioá, que vive nas margens do rio Araguaia, no estremo norte de Tocantins, e Karajá que vivem em 18 aldeias ao longo do Araguaia, principalmente em frente a ilha doBananal, no Parque indígena do Araguaia, no Tocantins, no Mato Grosso, na área Indígena Tapirapé-Karajá, nos municípios de Santa Terezinha e Luciara, e no Pará, na área Indígena Karajá Santana do Araguaia;Os Pankaru estão localizados no Oeste do Estado da Bahia, à esquerda do Rio São Francisco;Os Pataxós vivem no sul da Bahia, em Barra Velha, Coroa Vermelha e Monte Pascoal, em zona economicamente valorizada (cacau e turismo), nos municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália e nas áreas indígenas Mata Medonha e Imbiriba;Os Potiguar habitavam a costa desde São Luís até as margens do Paraíba, e das margens do Rio Acaraú, no Ceará, até a cidade de João Pessoa, na Paraíba;Os Sateré-Mawé vivem no Amazonas e Pará;Os Suyá vivem na parte setentrional do Parque Nacional do Xingu, no Norte de Mato Grosso;Os Tremenbé viviam do sul do Maranhão ao norte do Ceará, entre os dois territórios potiguares;Os Tabajara viviam entre a foz do Rio Paraíba e a ilha de Itamaracá;Os Temiminó ocupavam a ilha do Governador, na baía de Guanabara, e o sul do Espírito Santo;Os Tamoios viviam na baía de Guanabara;Os Tupinambás ocupavam da margem direita do rio São Francisco até o recôncavo Baiano;os Tupiniquim habitavam a costa do Brasil, desde a baía de Camamu, na Bahia, até o Espírito Santo ou, segundo alguns autores, até o Rio de Janeiro;Os Urubu-kaapor vivem em território maranhense;Os Wai-wai vivem na área indígena Nhamundá-Mapuera, na fronteira do Pará com o Amazonas, e Waiwai, em Roraima;Os Waiãpi vivem em grande extensão de florestas, na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa;O território imemorial de ocupação dos Waimiri Atroari se localiza ao sul de Roraima e norte do Amazonas;Os Xavantes viviam no Mato Grosso;Os índios Xokleng vivem em Santa Catarina;Os Yanomani vivem no oeste de Roraima, no norte do Amazonas e na Venezuela.
  • Objetos:As marcas (mac, em patoá) formam um conjunto expressivo e específico de motivos decorativos, pintados, gravados, trançados e recortados, em diferentes suportes e objetos da vida cotidiana ou cerimonial. Apesar da grande padronização dos motivos, cada artesão tem seu estilo, sua excelência técnica e artística. Novas marcas podem ser inventadas e algumas, meio esquecidas, relembradas.Tradicionalmente, estas marcas são sempre motivos geométricos, abstratos e nomeados. Representam, enquanto ícones, espécimes da flora e da fauna, especialmente a pele, as escamas, cascos e rastros de animais, cascas de árvores e elementos naturais, como estrelas ou nuvens. Atualmente, há desenhos mais figurativos, reproduzindo cenas do cotidiano, da mitologia ou copiados de revistas e livros.Os homens sonham as marcas ensinadas pelas entidades (karuãna), geralmente pela mediação do pajé, que as repassa para os artesãos responsáveis pela manufatura de mastros e bancos cerimoniais. As mulheres dizem seguir a tradição ou fazer algo orientado pelo seu próprio espírito. Um acervo convencional, mas aberto a variações e novos padrões.Quando as marcas são pintadas, os artesãos usam cores naturais de origem vegetal ou mineral, especialmente o urucu, o jenipapo e cumatê, ou corantes comprados no comércio de Oiapoque. O matizado da cestaria é obtido passando o preto da fuligem nas talas de arumã.

  • Alimentos:Frutas, Verduras, Legumes, Raízes, Carne de animais caçados na floresta (capivara, porco-do-mato, macaco, etc), Peixes, Cereais e Castanhas.
  • Rios:Os índios, assim como todos os primeiros habitantes humanos da terra, vivem perto de rios.A maioria vivia perto dos rios Formoso e Javarés, em Goiás;rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate;rio Paraguai;rio São Francisco;rios Purus e Juruá, localizados no Amazonas;rio Paraíba;rios Uruguai, Iguaçu e Paraná, a leste do rio Paraná;rio Xingu;rio Javaé e rio Araguaia;Rio Acaraú, no Ceará;e por ultimo mas não menos importante o Rio Amazonas.
  • Nomes Próprios:Guaraci, Iara, Aimoré,Jandira, Maíra, Araci, Jaci, Cauã, Ceci, Içara, Jacira, Irani, Irajá, Maiara, Jurema, Ubiratã, Mairi, Moema, Bartira, Tainá, Ubirajara, Moacir, Peri.
  • Animais:Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os índios se espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma galinha.
  • Comidas:A alimentação dos índios baseia-se naquilo que eles extraem da natureza: peixes, mandioca, com a qual eles fazem o beiju, além de outros animais obtidos através da caça e frutas silvestres. Os índios também plantam suas roças, plantam favas, arroz, feijão, milho, banana-da-terra, abóbora e melancia.Alguns índios eram canibais.
  • Curiosidades:No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. O nascimento de uma criança é comemorado, assim como a iniciação na vida adulta, o casamento, a morte. Celebram os antepassados como a festa Quarup dos Xavantes no Xingu, região central do Brasil.
Proibida reprodução deste artigo, sem autorização prévia da autora.
E-mail: chris@angelotti.eti.br

Apostila de "Ciências humanas e suas tecnologias-História Volume 3"(página 23).
Você aprendeu?

1.Pesquise informações sobre os tupi-guaranis e escreva um texto informativo sobre eles.
Tupi-Guarani
Tupi-guarani é somente um termo genérico criado para englobar as diversas línguas indígenas faladas ao longo do tempo na América do Sul. O idioma ancestral desse grupo de línguas é o proto-tupi, surgido na região onde hoje fica o estado de Rondônia. Nas décadas seguintes, desenvolveram-se dezenas de famílias lingüísticas, divididas pela região onde eram faladas. O tupi-guarani era fundamental por ser um dos mais usados em algumas das regiões mais importantes para os colonizadores.As versões do tupi se concentravam mais no litoral brasileiro, entre o norte do país e o sul do atual estado de São Paulo. Mais ao sul, era falado o guarani, vivo até hoje principalmente no Paraguai, onde, ao lado do espanhol, se tornou a língua oficial em 1967. Do lado brasileiro, uma adaptação do tupinambá, ou tupi moderno, ainda é falada por tribos da região da floresta amazônica. Denominada nheengatu, foi a língua mais usada entre brancos e índios a partir do século 17, depois que os jesuítas e os bandeirantes a difundiram para padronizar a comunicação e eliminar os dialetos.
A família Tupi-Guarani é, provavelmente, o conjunto de línguas indígenas mais bem estudado no Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Guiana. Os primeiros estudos foram feitos por portugueses e espanhóis já no século XVI. Uma língua desta família, o Guarani, é língua oficial do Paraguai.
Entre cerca de 1.500 e 1.000 d.C, no Brasil encontravam-se núcleos de povoamento tupi-guarani que se caracterizam, entre outras coisas, por serem agricultores de florestas tropicais. A partir do local que hoje é o estado de Rondônia, os grupos dispersaram-se pelas bacias do Rio Paraguai, ocupando depois o litoral brasileiro. Apesar de possuírem modos de vida parecidos e culturas semelhantes, não formavam um único tipo de sociedade. Às vezes os grupos eram rivais uns dos outros, sendo as diferenças regionais.

2.Explique a seguinte frase:"Por que do Pará ao Paraná existem localidades cujo nome se inicia por Pará"?Exemplifique.
Na língua Tupi-guarani, 'Pará' significa "rio mar" e a maioria das cidades ficam perto de rios e, assim, como os povos de língua Tupi-guarani dominaram o país antigamente eles nomearamas cidades com nomes que começam com 'pará'.

4 comentários:

  1. Bela postagem e boa para mim por que tenho um trabalho!!

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  2. vlw me ajudou muito com a apostila de Historia

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  3. Vlw ti sua matéria está ótima naum estav achando esse negocio de para a paraná vlw,depois da uma olhadinha n meu blog lifeteen.blogueiros.net

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  4. vlw mesmo foi mto utiu para a minha apostila

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